quinta-feira, 16 de maio de 2013

“GREVE GERAL” - Educação Estadual também pode anunciar paralisação nesta quarta; governo diz que não há chances para reajuste

Mais uma categoria anunciou nesta terça-feira que pode deflagrar greve por tempo indeterminado em Rondônia, dependendo só de decisões que serão tomadas em assembleias gerais em todo o Estado na tarde desta quarta-feira.
Em uma reunião que poderia resolver impasses entre profissionais da Educação e Governo, as autoridades estaduais refutaram qualquer ideia de reajuste, ao contrário, repetem o mesmo discurso já apresentado a policiais civis e agentes penitenciários: não há dinheiro nem mesmo para a reposição das perdas salariais, que poderia ser negociada ao menos com o percentual acumulada dos últimos 12 meses, diz o Sintero.
Outras reivindicações são a implantação correta do Plano de Cargos e Salários e pagamento de licença premio. O Estado enumerou que o Plano já garante ganhos importantes, mas o Sintero rebate dizendo que até seria, se estive sendo aplicado corretamente.
O Governo alegou que qualquer pedido que gere impacto financeiro não pode ser atendido, o que levou os sindicalistas a considerarem que restam poucas alternativas senão a paralisação imediata. A decisão no entanto será tomada pelos servidores em assembleias regionais. O SINTERO já se manifestou sobre a reunião:
A direção do Sintero foi recebida na tarde desta terça-feira (14/05) pelo secretário de Estado de Administração, Rui Vieira, que representou a Menp – Mesa de Negociação Permanente (grupo de secretários estaduais que falam em nome do Governo), oportunidade em que recebeu, por escrito, a resposta do governo do estado à pauta de reivindicações dos trabalhadores em educação estaduais.
A pauta, aprovada pelos trabalhadores em assembleia e entregue ao governo ainda em dezembro, contém, entre outras reivindicações, um pedido de reposição de perdas salariais, a implantação correta do plano de carreira, principalmente no que trata da mudança de classe dos professores e implantação das gratificações dos técnicos administrativos, além da retomada do pagamento da licença prêmio em pecúnia.
Os trabalhadores em educação também cobram a regulamentação da lei estadual dos precatórios, que depende de uma atuação isenta da PGE.
No documento entregue à direção do Sintero, que será apresentado à categoria e avaliado na assembleia desta quarta-feira, o governo diz que não tem recursos para atender às reivindicações.
O documento relata que as crises econômicas europeia e mundial afetaram a economia local causando uma redução na arrecadação de recursos. O governo também alega que a desaceleração das obras das usinas hidrelétricas do Rio Madeira causaram um impacto negativo nas receitas.
A direção do Sintero argumentou que as reivindicações podem ser atendidas com a utilização dos recursos específicos da educação (25% das receitas), somada à redução dos cargos comissionados (contratações sem concurso público).
Além da diretoria executiva do Sintero, participaram da reunião diretores e representantes das Regionais de todo o Estado. Todo o conteúdo da reunião será relatado nas assembleias simultâneas que serão realizadas em Porto Velho e em todas as Regionais nesta quarta-feira, às 16 horas.
O presidente do Sintero, Manoel Rodrigues, saiu da reunião decepcionado. Ele disse que esperava uma proposta mais consistente com itens que realmente valorizem a educação no Estado. “A resposta do governo praticamente não oferece nada. Os trabalhadores em educação não suportam mais o arrocho salarial, a falta de condições de trabalho, a falta de valorização profissional e as pressões cotidianas”, disse Manoel.
Embora seja uma decisão a ser tomada pela categoria em assembleia, a direção do Sintero não descarta uma greve por tempo indeterminado na educação estadual.
Fonte: RONDONIAGORA
Foto:Ilustrativa.

POLICIAIS MILITARES DENUNCIAM TRATAMENTO "ESCRAVO" NOS PRESÍDIOS

A diretoria da ASSFAPOM- Associação dos Praças e Familiares da Policia e Bombeiro Militar de Rondônia, vem a público externar  sua indignação quanto ao tratamento desumano aos Policiais Militares que se encontram nos presídios e barreiras de Porto Velho em decorrência à greve dos agentes penitenciários.
As denúncias dão conta de que o governo arrochou às escalas, policiais cumprem plantões de mais de 13 horas no seu período de descanso, na folga de 48 horas. Contudo, as escalas previstas para oito horas passam de treze, sendo que após esse período, isto é, até o momento da rendição do outro turno, não está sendo fornecidas alimentação adequada, bem como Água fornecida para beber chega ser quase morna.
Diante da denúncia, o presidente da associação, Jesuíno Boabaid, acompanhado da assessoria jurídica, compareceu no Presídio Urso Branco, onde constatou a veracidade das denúncias. Jesuíno estará ajuizando ação contra o Estado de Rondônia, em favor de seus associados em busca de obter uma liminar que obrigue o Estado a fornecer alimentação e água (fria) adequada para os policiais militares, terem as mínimas condições de trabalho.
“Sabemos da necessidade do governo em suprir a segurança nos presídios, por causa da falta dos agentes penitenciários, que se encontra em greve, porém os profissionais não podem ser submetidos às situações análogas a escravos, isso é crime. O governo tem que ter responsabilidade para com esses seres humanos, e o tratá-los dignamente, pois caso ocorra o pior, uma rebelião ou coisa parecida, estarão fisicamente despreparados pela falta de descanso, água e comida, as conseqüências poderão ser deploráveis.” Finalizou Jesuino Boabaid.
Fonte: ASSFAPOM.